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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Como posso ajudar meu aluno com surdez ou deficiência auditiva em sala de aula?

Há algumas ações que os educadores podem realizar no cotidiano de sala de aula que pode auxiliar seu aluno com Deficiência Auditiva, podemos citar entre elas:


  • Organize recursos visuais como gravuras, vídeos, imagens, cartazes, etc, relacionados ao assunto explorado, os recursos visuais auxiliarão também a assimilação dos conceitos por parte dos demais alunos, além de tornar sua aula mais atrativa e interessante;
  • Procure falar direcionando seu corpo para onde se encontra o aluno surdo ou DA, a maioria destes alunos possuem uma grande capacidade de realizar a leitura labial, o que facilitará sua compreensão;
  • Converse com o professor intérprete que acompanha seu aluno, passe para ele os temas a serem trabalhados com antecedência de forma que o intérprete se prepare para interpretação do conteúdo a ser apresentado, é importante levar em consideração que os sinais são muitos, e que há sinais específicos que precisam ser estudados pelo intérprete, porém para que o profissional faça uma boa interpretação é necessário que ele tenha em mãos antecipadamente o tema a ser trabalhado;
  • Convide o aluno para ir ao quadro para que você possa explicar regras e conceitos que exigem mais atenção, falando pausadamente, olhando para seu aluno;
  • O aluno precisa se sentir parte integrante da sala, para isso é de suma importância que ele seja incluído em todas as atividades propostas pelo regente, a atenção dada pelo educador deve ser na mesma medida para todos os alunos,pois o aluno surdo ou  DA não é de responsabilidade apenas do intérprete, ele é aluno do regente assim como os demais;
  • Cative seus alunos, ele aprende melhor quando gosta do professor, quando se sente aceito e querido;
  • Repita de forma clara os conceitos explorados, certificando que todos compreenderam, inclusive o aluno surdo ou  DA, visite as carteiras dos alunos, é importante que o educador ande pela sala, observe seus alunos mais diretamente, todos eles, caminhando entre as carteiras o educador pode perceber quem precisa de ajuda, ou quem não compreendeu os conceitos trabalhados;
  • Organize listas explicativas para o aluno fixar em seu caderno, ao organizar as listas tenha cuidado com as palavras usadas, o aluno surdo ou  DA tem dificuldade de compreender palavras muito complicadas, exemplo: se o aluno lê indivíduos, as vezes não consegue compreender o sentido da palavra, mas se você escrever pessoas ele compreenderá com mais facilidade;
  • Observe com a ajuda do intérprete se o aluno surdo ou DA compreendeu os conceitos trabalhados, caso não tenha compreendido, converse com o intérprete sobre uma maneira melhor de repassar os conceitos que possam auxiliar na compreensão;
  • Escreva no quadro todas as solicitações, como a necessidade de trazer determinado material para a próxima aula, os temas a serem estudados em casa, as datas de entregas de trabalhos e avaliações, os temas e os critérios para a realização de uma pesquisa a ser feita, lembre-se que seu aluno surdo ou  DA ao chegar em casa, nem sempre conseguirá transmitir aos pais o que é necessário. Sendo assim tudo deve ser anotado pelo aluno, o sistema de agenda para toda a sala deve ser adotado, o que desenvolverá o senso de organização e planejamento nos alunos;
  • Envolva o aluno surdo ou DA em atividades de grupo, e dê oportunidade de participação em seminários, ele pode apresentar em LIBRAS,e o intérprete pode ir repassando aos demais alunos o que ele está apresentando;
  • Procure aprender no mínimo os sinais básicos, como bom dia, boa tarde, boa noite, obrigado, muito bom, banheiro, por favor, entendi, não entendi, quer ajuda?,etc. Seu aluno surdo ou DA se sentirá feliz em saber que você se esforça para se comunicar com ele;
  • Ofereça alguns minutos finais da aula para o intérprete ensinar aos demais alunos os sinais básicos, de forma que também possam se comunicar com o aluno;
  • Ao corrigir as avaliações e produções do aluno surdo ou  DA, lembre-se que o português dele difere do seu, ele não utiliza frases completas, transcreve apenas as palavras chaves, as vezes sem artigos e proposições, isso ocorre também quando se comunica, sendo assim é necessário atenção nas correções, pois a língua de sinais possui sua própria estrutura, bem como sua própria gramática;
  • Utilize nas avaliações, questões diversificadas, com questões de completar, relacionar, ligar, representar e não se limite a questões de perguntas e respostas, isto vale para a sala de aula como um todo;
  • Apresentar sempre instruções claras, bem pronunciadas, solicitando que o aluno tente relatar em LIBRAS para o intérprete o que compreendeu sobre o tema antes de passar para as atividades, esta estratégias pode ser usada com os demais alunos;
  • Procure falar em voz clara, não há necessidade de gritar, use um tom natural, de modo que toda a sala possa ouvir;
  • Procure não falar depressa, nem muito devagar, conservando o ritmo natural, evite se movimentar enquanto dá uma explicação, evite colocar as mãos ou algum objeto em frente ao rosto enquanto estiver falando;
  • Busque se familiarizar com aparelhos auditivos ( próteses, ou outros meios auxiliares ) que possam estar sendo usados pelo aluno, é importante se certificar de que os equipamentos estão funcionando apropriadamente na sala de aula, e saber detectar com o aluno, quando eles apresentarem problemas;
  • Procurar participar de cursos de LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais, buscar aprender é tarefa de todo educador que tem compromisso com o que faz, o aprendizado é para a vida toda;
  • Orientar o restante da turma para sempre falar diretamente ao aluno estimulando-os a também aprenderem LIBRAS.